vencemos a fome,
vencemos o esforço e o suor,
a dor e o cansaço,
vencemos as obrigações,
as prisões.
vencemos os fascistas,
as torturas as censuras,
vencemos março, fizemos Abril.
não ficámos fechados
como quiseram os oportunistas,
antes abraçados
enchemos as ruas nunca assim vistas.
abrimos a golpes de machado o nosso futuro.
mas já antes viajámos, cortámos as vagas furiosas,
vencemos o mar,
cumprimos destinos,
fomos personagem de epopeia,
vencemos o vento da história que leva a poeira.
e hoje resta-nos vencer em terra,
fazer o destino acontecer,
para ver o nosso cravo crescer.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
ao povo soviético
quando viste o teu país destroçado,
as mulheres perdidas, os homens devastados,
quando viste o teu povo vergado, rastejando,
e chamaste a ti a força escondida do Ser Humano,
soubeste o preço em sangue da revolta,
da conquista do pão, cujo trigo em tua terra,
em teu trabalho ia crescendo.
soubeste o custo fatal da audácia,
e nos teus olhos brilharam os sonhos de todos os explorados,
dos corações e dos punhos agrilhoados.
quando empunhaste as armas da coragem e levantaste o rosto à vitória,
sabia-la longínqua, porém incontornável,
como o destino das aves que migram, sempre inexorável.
mesmo que uma, duas, dez ou vinte, tombem no caminho para a glória.
e tu tombaste, irmão,
todavia
a tua força é perpétua,
não como a onda, mas como a maré.
mesmo sob as garras das bestas, das águias cobardes,
levaste mais alto a bandeira vermelha,
do que soubera possível a soma até aí de toda a dignidade,
se alguma coisa perdeste nessa guerra,
não foi a vida, irmão,
foi a prisão.
para que possamos hoje, como então,
dizer não.
e abrir de verdade as portas da liberdade.
as mulheres perdidas, os homens devastados,
quando viste o teu povo vergado, rastejando,
e chamaste a ti a força escondida do Ser Humano,
soubeste o preço em sangue da revolta,
da conquista do pão, cujo trigo em tua terra,
em teu trabalho ia crescendo.
soubeste o custo fatal da audácia,
e nos teus olhos brilharam os sonhos de todos os explorados,
dos corações e dos punhos agrilhoados.
quando empunhaste as armas da coragem e levantaste o rosto à vitória,
sabia-la longínqua, porém incontornável,
como o destino das aves que migram, sempre inexorável.
mesmo que uma, duas, dez ou vinte, tombem no caminho para a glória.
e tu tombaste, irmão,
todavia
a tua força é perpétua,
não como a onda, mas como a maré.
mesmo sob as garras das bestas, das águias cobardes,
levaste mais alto a bandeira vermelha,
do que soubera possível a soma até aí de toda a dignidade,
se alguma coisa perdeste nessa guerra,
não foi a vida, irmão,
foi a prisão.
para que possamos hoje, como então,
dizer não.
e abrir de verdade as portas da liberdade.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
trovões de guerra
é um corpo tombado no chão,
e alguém debruçado sobre a morte,
é um soldado feito ladrão,
ao longe,uma criança de arma na mão.
da janela próxima, um grito de revolta, um choro de lamento,
ao longe um milhão de lágrimas de tormento.
matam gente estes trovões e as almas torturadas ficam aprisionadas nos caixões.
e alguém debruçado sobre a morte,
é um soldado feito ladrão,
ao longe,uma criança de arma na mão.
da janela próxima, um grito de revolta, um choro de lamento,
ao longe um milhão de lágrimas de tormento.
matam gente estes trovões e as almas torturadas ficam aprisionadas nos caixões.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
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