nada é mais turvo que o ego
que tolda a vista de nós próprios
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
os poetas dos meus dias
o verdadeiro poeta dos meus dias
escolhe as palavras como um crivo
dentre as páginas imensas do dicionário,
o verdadeiro poeta dos meus dias
faz dos versos flores vazias
tanto quanto as rosas eternas que ornam um campanário,
o verdadeiro poeta dos meus dias
usa o mais inaudito e inescrito verbo
e mascara assim o ego ordinário,
o verdadeiro poeta dos meus dias
matou as torrentes, calou os ventos,
e vive nesse estreito gabinete de ar condicionado,
à espera que as palavras lhe surjam caras,
requintadas, despojadas de ira, amor ou ironia.
o verdadeiro poeta dos meus dias
versa em rimas sobre os clássicos,
brada aos céus, ou aos amores,
menos à terra, terrena e rente
como uma erva daninha, feia e raquítica.
o verdadeiro poeta dos meus dias
silenciou os choros e os gritos,
trouxe hipérboles mestástases sinédoques metonímias
e outras ilusões.
e eis que na busca pretensiosa de o não ser,
me infectam os poetas de hoje,
me contagiam os versos,
e os pulmões.
escolhe as palavras como um crivo
dentre as páginas imensas do dicionário,
o verdadeiro poeta dos meus dias
faz dos versos flores vazias
tanto quanto as rosas eternas que ornam um campanário,
o verdadeiro poeta dos meus dias
usa o mais inaudito e inescrito verbo
e mascara assim o ego ordinário,
o verdadeiro poeta dos meus dias
matou as torrentes, calou os ventos,
e vive nesse estreito gabinete de ar condicionado,
à espera que as palavras lhe surjam caras,
requintadas, despojadas de ira, amor ou ironia.
o verdadeiro poeta dos meus dias
versa em rimas sobre os clássicos,
brada aos céus, ou aos amores,
menos à terra, terrena e rente
como uma erva daninha, feia e raquítica.
o verdadeiro poeta dos meus dias
silenciou os choros e os gritos,
trouxe hipérboles mestástases sinédoques metonímias
e outras ilusões.
e eis que na busca pretensiosa de o não ser,
me infectam os poetas de hoje,
me contagiam os versos,
e os pulmões.
domingo, 10 de janeiro de 2010
as minhas palavras são a sombra da poesia
as árvores vigiam-me o caminho,
retorcidas, verdejantes
com os líquenes sobre os braços
debruçados, contorcidos.
as árvores se fossem versos,
seriam certamente poesia,
e apenas na sua sombra
as minhas palavras viveriam.
retorcidas, verdejantes
com os líquenes sobre os braços
debruçados, contorcidos.
as árvores se fossem versos,
seriam certamente poesia,
e apenas na sua sombra
as minhas palavras viveriam.
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