a minha caveira podia estar descoberta
ao vento do deserto,
expondo os versos de um esqueleto
tão pouco poético,
os escaravelhos sagrados podem satisfazer-se
das sílabas que voam aqui tão perto,
e as crisálidas converter-se-ão,
depois de lagartas,
não em mariposas azuis,
mas em anjos de solidão,
antes que partas
à lonjura e à linha infinita da imensidão.
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3 comentários:
Nas cinzas encobertas, descubro quão poéticas são as sílabas que alimentam os anjos de solidão.
Ninguém parte sem que se funda primeiro na multidão!
Fascinante a tua escrita!
Abraço
e assim se vai descarnando um homem pondo a alma tão a nu...
Bonito poema.Gostei.
Continua...
Beijos
Catarina Azevedo
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