quinta-feira, 4 de junho de 2009

luar

acordo no limiar do tempo
e na beira do lago de fogo
que ao debruçar me reflecte
os dias que perdi ao buscar-te.

acordo à alvorada escura
e no centro fulgurante do relâmpago
que me queima as lágrimas
e me marca a pele em brasa.

acordo ao raio perpendicular
e à luz divina do sol que passa as nuvens
e me ilumina a morte e o silêncio,
sedutoras imagens da noite e do luar.

6 comentários:

leal maria disse...

Belíssimo poema! Como sempre; queimando-nos as entranhas pelo sentir que nele adivinhamos!

desde que nascemos que nos são subtraídos os dias... mais dia menos dia...

Maria disse...

Muito forte. E cheio de sentimentos... cheio de tanto...

utopia das palavras disse...

O luar e a noite acorda o sentir que o não tempo cristaliza!

Eu gostei...imenso!

Beijo

Anónimo disse...

muito...mesmo muito! :)

abraço

Cláudiaicha

leal maria disse...

Meu amigo... apaga-se o fogo!
"Dá-lhe lenha!!" : )
Vim para ler poesia, mas... vou ali e já venho! Falei no "dá-lhe lenha" e apeteceu-me uma sandes de fiambre... lol
Quando voltar gostaria de ver mais deste "combustível" da alma...

"como cheio fosse o verso
meticuloso e bem organizado
da poesia vazia."

quero mais!! :)

Rita Loureiro disse...

Quando parares de buscar encontras. Quando encontrares os dias passam mais devagar :)