sábado, 26 de junho de 2010

eu

o passado é para sempre.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

- sem título -

é a nossa inteligência colectiva que nos liberta.
a nossa inteligência colectiva é, porém, precisamente o que nos prende.

- levantados -

(o riso balofo e a gargalhada da burguesia,
serão a bom tempo passada fantasia)

ora calem os imbecis!
a história não acaba porque o decretais,
nem farão de nossas pátrias vossos quintais.

deixemos afundar-se nela própria a realidade,
mas enterremos-lhe nossos braços, nossas mãos,
assim dos escombros nos ergueremos e a nossos irmãos.

se...

se vieres morder-me os lábios,
principalmente o inferior,
embora me sufoque o ar, fique vazio,
encherei de outra força o peito,
ainda maior.

se me passares nas costas quentes
os dedos, lentos leves,
ficarei ansiando no peito o céu,
que trarás nos beijos um dia,
na boca, na língua, em mim.

terça-feira, 22 de junho de 2010

se...

se a noite se derramasse 

por sobre o meu corpo,

me cobrisse de negro manto,

então a luz do dia 

e as cores que pintam tudo de branco

seriam feridas abertas nos meus olhos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

se...

se eu fosse uma tempestade.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

- sem título -

nunca a morte poderia separar aquilo que a vida uniu,
and yet, pousar-te-ei na testa vívida todos os beijos do mundo.
nunca seriam demais os abraços, os braços enlaçados, para te agarrar
para que não possas escapar do meu mundo, mesmo que desistas de lhe pertencer.
dá-me um beijo, dearest.
vives grande, como sempre.

labirinto

quando estamos juntos,
todos os caminhos estão certos.
que unidos saberemos
onde virar a cada bifurcação.
unidos venceremos
o labirinto e a confusão.
e antes escolher o trilho errado convosco a meu lado,
que escolher sozinho o caminho acertado.

terça-feira, 8 de junho de 2010

- sem título -

quando estou doente, adoecem-me as palavras
e todos os versos.