segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

24 de Janeiro

quando do chão os rostos se levantam,
redobram-se as forças que trazemos nos punhos.

sendo fortes, mais humanos nos tornamos,
e é na rocha mais dura que se apura a dureza do aço.

dos desânimos faremos lanças,
das insuficiências, desafios,
da confiança, vitórias.

triunfo

aqueles que nos construíram o mundo
de hoje e do passado,
não poderiam perdoar que não erguêssemos nós o de amanhã.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

sem título

ser poeta não é ser maior do que os homens.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

parasita

já nos dói a vida do dia-a-dia,
de ficar mais pobre neste sol
que estava ainda na anterior lua.

pago eu a tua barriga gorda,
o inchaço dos teus bolsos,
com a fome dos meus filhos
e minha barriga vazia.

pago com os calos das minhas mãos,
a finura dos teus dedos;
com o suor do meu corpo,
o fresco conforto do teu ar condicionado;

pago com as noites mal dormidas,
o teu sono descansado;
com a renda da minha casa,
as obras que nela nunca fizeste;
pago com o meu desespero,
o teu opulento descanso.

e de tudo quanto faço,
me roubas o maior pedaço.

roubas, roubas, roubas
e vives acima do que posso pagar-te,
bicha solitária, filha da puta.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

sem título

sabemos que o mundo muda,constante, embora lentamente.mas satisfaz-nos saber que, no derradeiro dia, estivemos do lado do progresso e da mudançae não do retrocesso ou paralisação.

sabemos que é difícl a luta,empolgante, porém. mas é-nos grato abraçar quem nela caminha a nosso lado e levanta alto o punho da transformação.

não podemos conhecer o caminho, tampouco saber quanto dele está por percorrer. todavia, o mais importante é termos a certeza de que esse caminho aí está, inevitável.

que melhor fim pode ter um ser humano que não ser, isso mesmo, humano.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

breu

quanto mais negra a escuridão,
mais forte a chama da nossa candeia.