faço minhas as palavras do silêncio
e calo os gritos do tempo,
faço meus os gestos do vazio
e quedo-me no centro do universo.
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a poesia não mora nos becos dos dicionários e prontuários, onde, última e infelizmente, a temos enfiado. mora-nos no sangue e na alma, onde involuntária e desumanamente, a temos calado.
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