terça-feira, 25 de outubro de 2011

fado

do fado o que sei
quando ecoa
nas travessas e vielas,
nos bairros de Lisboa?

do fado o que sei
- nada sei .
além dessa voz que me acende?

e dessa guitarra que dedilha
versos no escuro?

do fado apenas sei que,
na tua voz e nesses versos,
ouço a cantiga do meu povo.

(que em Lisboa
se entoa.)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

- sem título -

soltam-se-me dos dedos
as sílabas
como lágrimas dos olhos
de quem chora.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

- sem título -

nenhum ser humano é vazio,
somos é todos cheios de coisas diferentes.

sábado, 8 de outubro de 2011

verso fractal

ao contrário do universo,
este verso é infinito.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

- areia -

a vida é feita do mesmo que a areia,
grão a grão, escapa-se-nos por entre os dedos,
por mais que a apertemos.