domingo, 10 de janeiro de 2010

as minhas palavras são a sombra da poesia

as árvores vigiam-me o caminho,
retorcidas, verdejantes
com os líquenes sobre os braços
debruçados, contorcidos.

as árvores se fossem versos,
seriam certamente poesia,
e apenas na sua sombra
as minhas palavras viveriam.

2 comentários:

Maria disse...

Não creio. As tuas palavras seriam ramos frondosos e verdejantes dessas árvores feitas poema...

leal maria disse...

As aspas resguardam-me de qualquer acusação de tentar ofender a senhora tua mãe; que por certo, será uma excelente senhora, mau grado ter dado à luz um empedernido Marxista/Leninista. ("A REVOLUÇÃO SERÁ MAIS OU MENOS VIOLENTA CONSOANTE A RESISTÊNCIA DOS CAPITALISTAS" ?? lol ( : ) Mas temos que ter em atenção que equilibrou a cósmica ordem ao fazer dele um POETA BRILHANTE! E não estou a ser hiperbólico ao fazer-te este elogio. A tua poesia requer que a gente a aborde na máxima acuidade sensitiva. Quando a ela nos disponibilizamos, sentimos-lhe tudo o que encerra de mais profundo que há no ser humano. Mas de tal maneira condensado na economia das palavras reduzidas ao seu essencial, que se acrescenta-se-mos a um poema teu,uma mais palavra que fosse,o profanaria-mos!
Podia aqui citar-te em mil e um poemas. Mas seria menorizar a grande parte da tua obra pela injustiça que faria-mos ao não cita-los na sua maioria.
Aquele concurso de poesia em rede, tendo como tema a criança... ganhaste-o?? Se o não ganhas-te, anda tudo às avessas, ao preterir o teu poema por outros prenhes dos usuais lugares comuns.

As tuas palavras seriam os seus frutos...

UM ABRAÇO!
a MINHA POESIA NÃO ME ABANDONOU... NUNCA COMIGO ESTEVE! Sou um impostor no meio das palavras... vampiro dos seus sons. Na minha lavra, é o que procuro! Vou-me alimentando do sentires de outros.