enquanto se esvai o tempo,
como areia de um deserto ao vento,
dobram-se cabos de tormentas,
redobram-se forças e revoltas.
que essa areia assentará sempre algures,
no futuro,
algures,
sempre.
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a poesia não mora nos becos dos dicionários e prontuários, onde, última e infelizmente, a temos enfiado. mora-nos no sangue e na alma, onde involuntária e desumanamente, a temos calado.
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