quinta-feira, 3 de novembro de 2011

- sem título -

os versos são as folhas caídas das árvores
sobre a água de um lago no outono.

onde afundam ondulantes.

queremos ouvi-los crepitar sob nossos pés,
mas uma barreira líquida e transparente opõe-se-nos
como todo o ar que se coloca entre nós e o céu.

3 comentários:

Maria disse...

belo poema de outono!

Vera Martins disse...

bonito... :)Como contornar as barreiras que se colocam entre nós e a beleza do que queremos atingir... às vezes é preciso deitá-las abaixo ou, neste caso, drenar a água do lago, recolher as folhas e voltar a enchê-lo com águas límpidas e puras... ;)

M. disse...

a poesia também tem o seu Tempus Autumnus.